domingo, 7 de novembro de 2010

Humanizem-se

Apesar de muitas iniciativas de empresas públicas e privadas que priorizam o trabalho digno e a qualidade de vida de seus empregados, o trabalho ilegal e explorador ainda faz parte do cenário trabalhístico mundial.
Homens, mulheres e crianças que trabalham como animais em condições precárias em troca de um prato de comida e um lugar para dormir têm sua dignidade, e mais, sua humanidade manchada e colocada em exposição no mural vergonhoso da exploração.
O trabalho enobrece o homem. É o sustento, é a independência. Ele jamais deve ser praticado de forma abusiva e exploradora. É por isso que se faz necessária a humanização e a conscientização dos empregantes  para que as limitações e as necessidades de cada trabalhador sejam fatores primordiais em qualquer ambiente de trabalho. Políticas públicas e privadas também devem estar presentes assegurando os direitos e deveres de cada trabalhador.
A humanização é a palavra-chave para que isso funcione e que a construção da dignidade humana no trabalho seja possível. Humanizar-se é saber respeitar e compreender os limites e necessidades de cada um. É também colaborar no que for possível na melhoria e no desenvolvimento do próximo. Dessa forma - com seus direitos assegurados e sua qualidade de vida garantida - os trabalhadores desempenharão melhor suas funções garantindo benefícios para ambos os lados: o empregador e o empregado.
É disso que a humanidade precisa. Só assim o ser humano será respeitado pela grandeza e importância de sua existência independentemente de sua classe, profissão, cor ou idade. 
E para que tal feito seja possível, a proposta é simples: humanizem-se.




Mais um ano e eu aqui no ENEM de novo! Dessa vez a proposta da redação era O TRABALHO NA CONSTRUÇÃO DA DIGNIDADE HUMANA. Esse ano eu achei mais complicado que no ano passado. Passei cerca de 2 horas pra redigir a redação e mesmo assim não gostei muito do resultado final, mas foi o que deu pra fazer com o tempo e o raciocínio que eu tinha lá na hora. Enfim, o texto ta aí. Só pra registrar mesmo!

sábado, 31 de julho de 2010

Ociosa.

Nunca gostei de ficar no ócio por muito tempo. Tudo que ele me proporcionou até hoje foi uma espécie de regressão intelecto-emocional que consome meu espírito violentamente. 
Tenho perdido o sono todas as noites em meio a pensamentos vagos e inúteis. As dúvidas começam a aparecer e a cabeça fica a ponto de explodir. Nesse exato momento, sinto-a como se estivesse em chamas. Acho que minha mãe estava certa quando dizia que mente desocupada é oficina pro diabo. Não gosto do diabo. Sempre fui uma boa menina! Não posso permitir que agora ele venha aqui pra bagunçar tudo.
Devo fazer algo pra mudar isso, antes que eu mesma me destrua lentamente. Não posso mais ficar parada. Devo ir à luta.
É, ir à luta!
Isso!
Err... ir à luta, né?
Logo eu que só queria uma boa noite de sono...

terça-feira, 13 de julho de 2010

Faxina espiritual.

Nossa, como é difícil escrever alguma coisa depois de tanto tempo. É como chegar de uma longa viagem e encontrar tudo fora do lugar: você precisa arrumar as coisas, mas não sabe por onde começar. 
É, acho que é isso. Minha mente está de cabeça pra baixo e precisa ser arrumada com urgência. Mas, por onde começar?
Talvez um bom começo seria guardar minha bagagem de experiências lá no fundo da memória, sem esquecer das lembranças que sempre me fizeram tão bem. Depois disso, limpar bem a consciência com muita honestidade; tirar todo excesso de responsabilidade das costas, as preocupações da cabeça e os medos do coração; encher meu dias de sabedoria e plantar muita generosidade no jardim da vida. Sem esquecer de organizar minhas ideias com objetividade, regar meus sonhos com coragem e cultivar meus amores com mais amor. 
Por fim, polir bem o sorriso e lavar a alma com o entusiasmo de uma vida nova.
Quem sabe assim - com a alma limpa e a cabeça em ordem - eu possa voltar a escrever alguma coisa boa por aqui.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Dos dias de solidão

Tenho angústias que me consomem dia após dia 

nunca 
se 
vão


.
.
.


Às vezes, parecem ser minhas únicas companheiras.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

27 de Fevereiro.

Um post especial - num dia especial - para pessoas especiais.


É engraçado como em todos os anos cada abraço sincero de parabéns me faz querer chorar. É tanto carinho de uma só vez que esse meu coraçãozinho não aguenta.
Muito obrigada, meus amores. Ser feliz perto de vocês não é tarefa difícil.
E já que é meu aniversário, vou me dar ao luxo de pedir apenas um presente: quero só a vida inteira com vocês.
Um beijo cheio de gratidão no coração de cada um.


Com amor,

Bruna

domingo, 31 de janeiro de 2010

Das besteiras que escrevo.

Certo dia um amigo me perguntou por que perco tanto tempo escrevendo bobagens.
Hesitei um pouco, escolhi melhor as palavras, e disse:
- Escrevo porque gosto, escrevo com o coração. Quem escreve conhece a magia do que é traduzir sua própria alma.
Em seguida, o fitei com um olhar inquisidor e perguntei:
- E você, por que perde tanto tempo lendo minhas bobagens?


- Errr...



Bruna de Sousa

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Uma despedida.

Cabeça vazia. Coração na mão. Não sei bem o que falar neste momento.
Despedidas sempre foram muito difíceis pra mim. Nunca soube lidar com esta situação.
Daqui à algumas horas você vai embora pra nunca mais. E eu, o que posso fazer além de agradecer?
Tua passagem em minha vida teve um significado enorme: tantas descobertas, tantos aprendizados, tantos tropeços também, tanto amor, tanta alegria.
Sei bem que não foi assim pra todo mundo. Muita gente deve te odiar porque, infelizmente, algumas coisas tristes fogem do teu controle e acabam por acontecer. Mas a vida é assim. Os altos e baixos fazem parte deste mundo. Um dia a gente cai, e no outro, já levanta.
Creio que meus altos foram bem altos e que meus baixos foram bem baixos. Aliás... ah, não sei mais o que falar. Já estou me enrolando toda. Argh, agora entende por que odeio despedidas?!
Sem mais delongas, só quero que saibas que foste um ótimo companheiro e que sou muito grata por isso.
Que o vento te leve da mesma forma que te trouxe e que cada coisa boa que deixaste permaneça em meu coração por muito, muito tempo.
Adeus, 2009. Foi bom enquanto durou.


Agradeço à todas as pessoas que acompanharam o Além do que se vê durante este ano. Foi um ano muito produtivo onde eu descobri um pouco de minha intimidade com as palavras. Espero aperfeiçoar minha escrita sempre mais e que meus queridos leitores possam acompanhar esse avanço a cada postagem.

Um 2010 maravilhoso para todos nós!
Beijos e até ano que vem! 

Bruna de Sousa

domingo, 6 de dezembro de 2009

A ética no Brasil.

Nos dias de hoje é comum ouvir, cotidianamente, frases como: "político corrupto", "tudo acaba em pizza mesmo!", "deputado ladrão!", entre outras frases que protestam a desonestidade no país. Há tempos o povo brasileiro, de uma forma geral, associa a corrupção e falta de ética apenas aos profissionais ligados à política. Mas onde se enquadra o famoso "jeitinho brasileiro" - prática comum entre os habitantes deste país? Esta, não seria também uma forma de falta de ética?
Na realidade a concepção de ética no Brasil é tida de uma forma bastante deturpada. Jogar lixo nas ruas para não se sujar e nem ter que pôr na bolsa; pisar na grama para chegar mais rápido do outro lado; "colar" na prova para não repetir o ano escolar; faltar ao trabalho por preguiça e inventar uma mentira como desculpa, e tantas outras formas de burlar as regras para "sair na vantagem" são vistas pelos brasileiros como maneiras rápidas e eficazes de se livrar de eventuais problemas do dia-a-dia.
São estas pequenas infrações que corrompem a ética nacional em todas as camadas da sociedade. É por esse motivo que há quem diga que o mal do Brasil é o brasileiro.
É tempo de repensar a idéia que se tem sobre ética e deixar de lado o velho "jeitinho brasileiro". Os direitos e deveres devem ser respeitados por todos, nos menores atos de ética. Afinal, que moral tem um cidadão corrupto para acusar um político corrupto?
Se cada cidadão exercer a ética, estará assim respeitando os direitos humanos seus, e de toda a sociedade. Sem corrupção, sem desonestidade, sem "jeitinho brasileiro".


Bruna de Sousa

Esse foi o texto que consegui elaborar,hoje, na prova do ENEM.
A proposta de redação era O INDIVÍDUO FRENTE À ÉTICA NACIONAL.
Espero que vocês e a banca examinadora gostem. Que nota você me daria, han? 

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

" Você faz suas escolhas...

...Suas escolhas fazem você. "


Eu escolhi.
Queridos leitores, me perdoem a falta de assíduidade, mas nestes últimos tempos não tenho muita inspiração para escrever. As coisas andam meio tensas por aqui.
Agradeço à todos que me desejaram boas provas no vestibular, mas creio que os resultados não serão os melhores.
Prometo voltar a escrever minhas tolices em breve.
Boa semana!
Beijos.

Bruna

sábado, 7 de novembro de 2009

Pois é, né?

Alguns dos leitores mais assíduos do blog já devem saber da minha decisão em mudar. Mudar de curso, mudar pra melhor. Fazer algo que tenha minha cara, que me dê prazer, que me dê orgulho. E para tal mudança, não tem como fugir do famoso Vestibular. Uma provinha "besta" que muda o destino de muita gente.
Pois é. É amanhã!
O fato é que não me preparei de maneira alguma pra essa "provinha", e não foi por falta de tempo ou por motivo de doença. Não. Só não quis me preparar. Não sei o que se passava em minha cabeça mas, acho que o fato de ter passado em todos os vestibulares que já fiz me deu uma certa segurança. Mas, sabe? às vésperas da prova, já não me sinto tão segura.
Hoje, mais cedo, eu estava refletindo sobre o peso das nossas atitudes, e me lembrei daquela velha frase: "a gente só tem o que merece". Pois é, né? Merecimento ultimamente não é o meu forte. Não  me esforcei, não estudei, e acredito que não devo passar dessa vez. Mas bem lá no fundo a esperança insiste em aquecer meu coração. Esse misto de conformismo e esperança me deixa extremamente nervosa. Mas, é isso! Não se pode fazer mais nada.
Minhas atitudes já foram tomadas, os pesos já foram medidos, e agora, o que me resta, é esperar os resultados...
Mas de qualquer forma, boa sorte pra mim amanhã! 

sábado, 31 de outubro de 2009

Lei de Murphy

Sabe aqueles dias em que tudo parece dar errado?
O despertador não toca, a comida queima, o ônibus lota,
um primo chato te aluga a manhã toda pra falar da ex-namorada, um lanche que estraga na hora da fome, uma pergunta em sala que você responde errado, uma desinteria no meio da aula, um cumprimento não retribuído (o famoso "ficar no vácuo"), o dinheiro da passagem que você perde, o constrangimento de pedir carona ao seu vizinho chato e ter que ouvi-lo se gabar durante todo o percurso de volta pra casa... E depois de um longo e difícil dia, quando você finalmente chega em casa, liga a TV pra tentar relaxar,  o que está passando? "Vende-se um véu de noiva". É nessa hora que você perde a paciência, vai para o seu quarto e liga o computador na esperança de ver coisas mais interessantes que a telenovela, mas... a conexão da internet cai. É aí que você respira fundo, conta até 1.000, e percebe que qualquer tentativa para relaxar só lhe trará mais problemas. Tendo em vista tudo isso, a decisão de ir para cama torna-se inevitável. E assim - dormindo - você consegue, finalmente, se livrar daquele dia insuportável. Ou não. Pode ser que um pesadelo te pegue bem no meio da noite.
Argh! Pois é, esses dias são terríveis, realmente.
E foi pensando nessas situações cotidianas, que me lembrei do Murphy.
Todas as "agonias" do dia-a-dia, já estão previstas em suas leis.
Lá vai algumas delas (as mais engraçadas, em minha opinião)!


- Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior
maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível.

- Um atalho é sempre a distância mais longa entre dois pontos.
- Tudo leva mais tempo do que todo o tempo que você tem disponível.
- Se há possibilidade de várias coisas darem errado, todas darão - ou a que
causar mais prejuízo.
- Você sempre encontra aquilo que não está procurando.
- Quando te ligam: a) se você tem caneta, não tem papel. b) se tem papel
não tem caneta. c) se tem ambos ninguém liga.
- Errar é humano. Perdoar não é a política da empresa.
- Inteligência tem limite. Burrice não.
- Seis fases de um projeto: Entusiasmo; Desilusão; Pânico; Busca dos
culpados; Punição dos inocentes; Glória aos não participantes.
- Nenhuma bola vai parar em um vaso que você odeia.
- O vírus que seu computador pegou, só ataca os arquivos que não tem
cópia.

- Todo corpo mergulhado numa banheira faz tocar o telefone.
- A informação mais necessária é sempre a menos disponível.
- Confiança é aquele sentimento que você tem antes de compreender a
situação.
- A fila do lado sempre anda mais rápido.
- Nada é tão ruim que não possa piorar.
- Uma pessoa saudável é aquela que não foi suficientemente examinada.
- Por que será que números errados nunca estão ocupados?
- Toda partícula que voa sempre encontra um olho aberto.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Desabafo!

Caros leitores, não costumo abordar aqui temas como este, mas há dias este assunto vem me "torrando a paciência", e por esse motivo resolvi desabafar.
Gostaria de saber quando foi que nos acostumamos a conviver com o medo e com o caos.
O medo é um sentimento que está presente na vida de muitos brasileiros.
Não gosto e nem queria senti-lo, mas sinto. E não é pouco.
Há dias em que o medo nos acompanha por todos os lugares. Ora nos preocupamos com nossa própria segurança, ora nos preocupamos com o filho que ainda não chegou em casa, ou com a irmã mais nova que ainda não atendeu o celular...
Vivemos trancados dentro de casa - muros altos, cerca elétrica, guarda noturno - e mesmo assim, não nos sentimos seguros.
Chegamos ao ponto de ter medo de qualquer pessoa que se aproxime na rua porque provavelmente é um bandido que está prestes a nos assaltar.
Isso é terrível, mas infelizmente já nos acostumamos com esta situação.
Uma situação caótica em que uma mãe enterra seu filho de 15 anos de idade por ter sido atingido por uma bala perdida. Entre tantas outras desgraças que é melhor nem citar aqui.
Esta é a terra de ninguém. E é nesta terra onde buscamos SOBREviver todos os dias. Se acostumar com isso é aterrorizante, mas é a realidade. E que triste realidade!
Sabe aquela frase "O que poderia ser pior que isso?" Bem, eu gostaria de citá-la aqui, mas tenho medo de que possa existir uma boa e extensa resposta para essa pergunta. E existe!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O que o vento não levou...

No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo, um carinho no momento preciso, o folhear de um livro de poemas, o cheiro que tinha um dia o próprio vento...

Mário Quintana

sábado, 3 de outubro de 2009

Uma historinha de suspense.















Abre a porta de casa. 

Entra. 
Respira fundo. 
Senta. 
Tenta se acalmar. 
Sente seu coração bater mais forte.
As mãos suam, as pernas tremem, os olhos arregalam cada vez mais...
Sente-se à beira de um colapso nervoso. O sentimento de culpa parece lhe consumir:
- Oh, meu Deus, o que eu fiz?! Como fui capaz?! Sou um monstro, um monstro!
Na tentativa de relaxar, pensa pra si mesmo:
- Errei feio, mas agora não posso pensar nisso! Já está feito... não tem mais volta. Preciso ter muito sangue frio se quiser me safar dessa... Oh, meu Deus, a quem estou querendo enganar? Não tenho escapatória. Estou encurralado!
Anda de um lado para o outro murmurando sempre a mesma coisa:
- Por que eu fiz isso, por quê?
Não consegue esquecer a atrocidade que acabara de cometer, e seu nervosismo aumenta sempre mais...
- Argh, tenho que me acalmar. Preciso de um drink!
Vai até a cozinha, pega uma garrafa de Rum e volta para a sala.
Antes do primeiro gole, começa a ouvir ruídos vindos da porta e isso o deixa em pânico total.
Joga a garrafa contra a porta e sobe desesperadamente para seu quarto.
Os ruídos passam a ser cada vez mais altos.
- Oh, Céus, estão arrombando a porta! Chegou meu fim!
O barulho cessa - sinal de que a porta finalmente foi aberta.
Logo depois, começa a ouvir passos... passos bem apressados que se aproximam de seu quarto. Sua cabeça está a ponto de estourar de tanta tensão.
A porta do quarto se abre lentamente emitindo um som aterrorizante.
Sente sua vida passar diante de seus olhos e começa a chorar descontroladamente.
Ainda aos prantos, cobre-se por debaixo do lençol e espera, conformado, o fim de sua agonia.
Tudo que pode ver por trás do lençol é a silhueta de uma pessoa forte e corpulenta
 que carrega em uma de suas mãos um enorme rolo de macarrão. Percebe-se que é uma mulher profundamente irritada.
Ela se aproxima da cama, enfurecida, ergue o rolo de macarrão e grita:

- BALEIA É A MÃE!



Bruna de Sousa

Bem, o resto da narrativa vocês já podem imaginar, ? Bum, Pow, Crash, e todas as onomatopeias adequadas a uma bela surra.
Pense duas vezes antes de chamar uma mulher de gorda, ok?
Gente, desculpa, mas eu não tinha o que fazer e acabei criando essa historinha. Fiz o desenho tosco aí em cima também.
Sei que não ficou muito bom, mas espero que alguém goste.

Tenham um bom fim de semana!



sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A nossa Bruzundanga.


" O país, no dizer de todos, é rico, tem todos os minerais, todos os vegetais úteis, todas as condições de riqueza, mas vive na miséria. [...] É que a vida econômica da *Bruzundanga é toda artificial e falsa nas suas bases, vivendo de expedientes. Entretanto, o povo só acusa os políticos, isto é, os seus deputados, os seus ministros, o presidente, enfim. O povo tem em parte razão. Os seus políticos são o pessoal mais medíocre que há. Apegam-se a velharias, a cousas estranhas à terra que dirigem, para achar solução às dificuldades do governo. [...] Não há lá homem influente que não tenha, pelo menos, trinta parentes ocupando cargos no Estado; não há lá político influente que não se julgue com direito a deixar para seus filhos, netos, sobrinhos, primos, gordas pensões pagas pelo Tesouro da República. No entanto, a terra vive na pobreza; os latifúndios abandonados e indivisos; a população rural, que é a base de todas as nações, oprimida por chefões políticos, inúteis, incapazes de dirigir a cousa mais fácil desta vida. Vive sugada, esfomeada, maltrapilha, macilenta, amarela, para que na sua capital, algumas centenas de parvos, com títulos altissonantes disso ou daquilo, gozem vencimentos, subsídios, duplicados e triplicados, afora vencimentos que vem de outra qualquer origem, empregando um grande palavreado de quem vai fazer milagres” [...] A República dos Estados Unidos da *Bruzundanga tem o governo que merece”.

LIMA BARRETO, A. H. de. “A política e os políticos da Bruzundanga”. In: Os Bruzundangas. São Paulo, Brasiliense, 1956. pp. 65-68

*
Pode-se trocar a palavra Bruzundanga, por Brasil.
Dá no mesmo, né?!


quarta-feira, 5 de agosto de 2009


Bem, esta foi uma tentativa frustrada de fazer um desenho legal pro meu namorado. Foi feito em comemoração à uma data bem especial.
Sei que não chegou aos pés dos desenhos que ele faz, mas fiz com muito carinho, e é o que importa!


Ah, mas olhando bem, até que não ficou tão feio assim...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Simples assim!


Hoje saí de casa. O dia estava esplendoroso, como sempre.
Vi um pouco do mundo "lá fora" como há muito não fazia. Andei pelas ruas com o meu melhor amigo, vi gente, ri, me diverti com tão pouco...

A simplicidade torna as coisas incrivelmente mais belas. E hoje, eu pude ver beleza em quase tudo.
Deixar um pouco de olhar pra dentro de si, e notar a grandeza das pequenas coisas.


Foi o que fiz hoje.


sexta-feira, 31 de julho de 2009

" E eu, o que faço com esses números? "

Não faço nada. Não gosto de números!
É. Não gosto deles.
Passei quase três longos anos levando muita porrada pra perceber isso. Definitivamente, não tenho aptidão para calcular. Os números me fascinam, é verdade, mas eu não os entendo profundamente. Não conseguimos estabelecer uma relação amigável durante esse tempo.
Eles, os números, me fazem sentir incapaz, sabe? Eu não gosto nada dessa ideia, mas também não quero provar o contrário. Não tenho paciência para isso!
Não me agrada pensar que passarei minha vida perdida numa imensidão de números abdicando inúmeras coisas que me fazem bem apenas na busca de respostas, de soluções para problemas sem fim... Deixo isso para os apaixonados. Esses sim, fazem valer a pena essa dedicação. Eu não!
Isso, sem dúvida, não é para mim!
Ainda bem que, mesmo tarde, acordei e resolvi parar...
Parei.
Vou atrás da mudança e tentar buscar o que é melhor pra mim. Viva as mudanças! Só as boas, é claro.
Quero me dedicar à algo que me faça bem de verdade. Algo que me deixe confiante e que me agrade. Quero me aprofundar nas coisas que, pra mim, são mais interessantes que calcular a derivada segunda da função x, vezes a integral dupla da função y, dividida pela soma das duas multiplicada por zero. (A operação não é possível!)
Gosto de formas, de cores, de artesanato, de música, de literatura, de arte enfim.
Números? Ah... esses não são comigo.
Gosto mesmo é das palavras. Essas, sim, muito me agradam.


Bruna de Sousa

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Gênesis

Mas, do que somos feitos então?


De sonhos ou de solidão?
De vontades ou de paixão?


De pecado ou perdão?
De amor ou compaixão?

Confusão!

Bruna de Sousa

sábado, 25 de julho de 2009

CRESCER

De repente, com mesma rapidez que você fecha e abre os olhos, você se percebe diferente.

Olha à sua volta e é tudo responsabilidade.

Ganha uma conta no banco, um salário mensal e a tarefa de administrar aquele dinheiro e aquelas contas.

Já é quase dono de seu próprio nariz.... quase.

De repente, tudo aquilo que você sonhava, imaginava quando encostava a cabeça no travesseiro, começa a acontecer.

Isso é mágico, é louco, causa inquietação: “o mundo é meu!”

De repente, você começa a exigir muito mais de você e muito mais dos outros, isso causa decepção e adoração, por você e pelos outros.

Os méritos e conseqüências de seus atos, são todos seus! Dá um medo...

Sua vida na sua mão... uma liberdade, uma responsabilidade.

Você quer mais... quer ir mais adiante, quer chegar logo na frente. Quer começar sua carreira, quer se ver rico e bem sucedido.

Êta medo de falhar!

O que vale de tudo isso é saber que CRESCER é lindo, empolgante, assustador, arriscado. É um fato.

Sábios são aqueles que crescem e amadurecem, exatamente como a vida pede, mas deixam aquela criança de antigamente guardada em uma gaveta entreaberta de seu coração, pronta para se escancarar sempre que preciso.


Camila Orlando




terça-feira, 14 de julho de 2009

Escolha seu sonho.

" Devíamos poder preparar os nossos sonhos como os artistas, as suas composições. Com a matéria sutil da noite e da nossa alma, devíamos poder construir essas pequenas obras-primas incomunicáveis, que, ainda menos que a rosa, duram apenas o instante em que vão sendo sonhadas, e logo se apagam sem outro vestígio que a nossa memória.
[...]
Devíamos poder sonhar com as criaturas que nunca vimos e gostaríamos de ter visto: Alexandre, o Grande; São João Batista; o Rei Davi a cantar; o Príncipe Gautama...
E sonhar com os que amamos e conhecemos, e estão perto ou longe, vivos ou mortos... Sonhar com eles no seu melhor momento, quando foram mais merecedores de amor imortal...
Ah!... - (que gostaria você de sonhar esta noite?)"


Cecília Meireles em "Escolha o seu sonho".

Estou lendo, e me identifiquei bastante com essa passagem.
Ah, os sonhos... fenômenos que me encantam sempre e mais.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Agradeça.

Saiba viver bem.
Não reclame da vida, não seja ingrato.
Não se julgue tão inteligente ao ponto de sentir-se melhor que outras pessoas. Definitivamente, você não é melhor que elas.
Não despreze alguém por ser diferente. Você também é diferente ao olhar dos outros.
Não goste de ser chato ou antipático, não se sinta bem em ter essa fama.
Queira ser respeitado por quem você é, e não por quem você aparenta ser.
Aprecie a liberdade, mas nunca a libertinagem. Saiba diferenciar bem essas duas palavras.
Viva uma vida saudável e tranquila.
Não deseje o mal.
Seja amável, atencioso e sincero.
E principalmente: agradeça.
Agradeça por tudo que você faz e por tudo que você é.
Agradeça por tudo que lhe acontece. Tudo tem seu propósito.
Agradeça a cada sopro de vida, a cada anoitecer.
Saiba ver beleza nas pequenas coisas. No final das contas, são as mais importantes e as que mais fazem falta.
Viva uma vida simples. Provavelmente ela será muito feliz.
E se não for tão feliz assim, por mais difícil que ela seja, não esqueça de a-gra-de-cer.

Já agradeceu hoje?
Bruna de Sousa

terça-feira, 9 de junho de 2009

What A Wonderful World...

Hoje tive uma longa conversa sobre diversos assuntos e aprendi mais uma coisa, das muitas outras que hei de aprender na vida: Por mais impossível que as coisas pareçam, você sempre pode SONHAR.
Se dê ao luxo de sonhar. Não se prenda ao impossível.
Tudo é possível para aquele que ACREDITA, que tem Fé.
Quando falo em sonhar, não estou me referindo a coisas do tipo: ser modelo quando crescer, possuir uma casa própria, se formar em medicina ou até mesmo conhecer a Britney Spears.
O sonhar que me refiro, é desejar o bem e esperar coisas boas não só pra si, mas pra todos. Sonhar com um mundo melhor, sabe? Soa como um clichê dizer isso, mas no fundo, quem não gostaria que isso se tornasse verdade?
Um mundo melhor... já parou pra pensar porque o mundo é tão "mau" assim?
Ele só é o reflexo de nós mesmos. É o reflexo de tudo que fazemos ou deixamos de fazer.
Não costumamos desejar o bem comum. Primeiro vem o que é nosso, depois os outros. Creio que é isso que nos impede de ter os sonhos dos quais me refiro.
Sabe, sempre acreditei que não poderíamos mudar algumas coisas que se passam neste mundão de Deus. Que não teríamos escolha de acabar com as guerras entre Israel e a Palestina, não poderíamos acabar com a fome e a miséria, não poderíamos acabar com a desigualdade social, não poderíamos acabar com a dor e o sofrimento de tantas pessoas espalhadas pelo mundo inteiro.
São tarefas aparentemente impossíveis nos tempos de hoje. Mas algo me fez acreditar que NADA é impossível para aquele que acredita. Só precisamos ter a consciência do nosso papel neste mundo, e creio que poderemos fazer bem mais por ele. É nossa missão promover um mundo melhor. Nós podemos, nós devemos.
Tudo pode ser bem mais simples. É só querer.
Lembro-me de quando eu fazia a 7ª série. Certo dia, estávamos todos na sala de aula, quando a professora de inglês colocou uma música pra tocar. Quando a música acabou, ela pediu para que desenhássemos coisas que simbolizassem o que tínhamos acabado de ouvir.
Desenhei um parque, onde haviam flores, árvores, um céu azul, pessoas brincando, bebês com suas mães... Lembro que fiquei muito orgulhosa do mundo que acabara de fazer. Era um mundinho bem simples, confesso, mas de longe via-se que era muito feliz.
Seria tão simples se pudésemos desenhar assim o mundo que a gente vive. Mas de certa forma, nós podemos. Só é preciso sonhar...
Quando aprendermos a sonhar, enxergaremos verdadeiramente o quão maravilho é este mundo e o quanto ainda podemos fazer por ele.
Gostaria de ter colocado aqui o desenho que fiz, mas ele se perdeu no tempo.
Espero que essas palavras, não se percam no tempo também.
Ah, sabe qual era a música? What A Wonderful World.
Originalmente ela é em inglês, mas aí 
está a tradução:


Que Mundo Maravilhoso

" Eu vejo as árvores verdes, rosas vermelhas também.
Eu as vejo florescer pra mim e pra você.
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso!
Eu vejo os céus azuis e as nuvens tão brancas.
O brilho abençoado do dia, e a escuridão sagrada da boa noite.
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso!
As cores do arco-íris, tão bonitas nos céus
Estão também nos rostos das pessoas que se vão
Vejo amigos apertando as mãos, dizendo: "como você vai?"

Eles realmente dizem: "eu te amo!"

Eu ouço bebês chorando, eu os vejo crescer

Eles aprenderão muito mais que eu jamais saberei
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso!
Sim, eu penso comigo... que mundo maravilhoso! "

PS.: Esse texto foi escrito por mim e para mim.
Quero ler, reler e ler de novo. Espero que ele fique em minha memória por muito tempo.

CRÉDITOS

What A Wonderful World -
Louis Armstrong

sábado, 23 de maio de 2009

Apenas, mais um tijolo na parede.


Um tijolo na parede.
Essa é a visão de uma certa música de uma banda de Rock dos anos 60,
sobre a existência humana.
Um tijolo na parede...
Segundo a música, desde o nascimento até a morte, o ser humano não é livre, não pode fazer escolhas nem tomar decisões. Vive apenas em função de manipulações e imposições feitas pela sociedade. Sendo assim como um tijolo, que estrutura e dá sustentação para que o muro não caia. Um muro de hipocrisía que insiste em nos rodear, imposto e composto pelo próprio ser humano. Um muro que prende e escravisa.
Mas de quem é a culpa disso tudo? De todos nós.
Esse muro é construído pelas pessoas que estão acostumadas a não fazer a diferença. Não fazem valer sua existência.
São manipuladas e colocadas uma ao lado da outra, como se todas fossesm iguais e pudessem ter uma mesma vida, uma mesma existência.
A maioria das pessoas se conforma em aceitar tudo que lhes é imposto.
Elas tem de seguir um roteiro de vida pré-determinado, e não escolhido por elas mesmas.
Mas por que não podemos fazer algo diferente? Ter novas idéias, novas formas de viver?
Não deveria existir nada que pudesse nos impedir de criar novos caminhos e ultrapassar barreiras. Não precisamos de ninguém nos dizendo o que precisamos fazer. Temos inteligência o suficiente para saber disso.
Se errarmos em nossas escolhas? Ótimo. É mais um aprendizado.
Se acertarmos? Melhor ainda. É sinal que nossa escolha valeu a pena.
É incrível como é difícil ver pessoas que saem da rotina e arriscam suas vidas em algo novo. Isso não acontece porque as pessoas têm medo. Medo de mudar, medo de escolher.
Elas são assim porque quase nunca têm o direito de tomar decisões. Não são acostumadas com essa liberdade de escolha.
Não podemos mais fazer parte disto.
Somos livres para pensar e fazer o que desejarmos e nos realizar de várias formas possíveis.
Não podemos fazer parte de uma muralha de segregação. Não podemos ter uma existência medíocre. Temos o dom de mudar, de inovar, de transformar, de criar. Não podemos passar despercebidos em nossa existência. Seria desperdício.
Devemos nos permitir o direito da escolha, da decisão, da vida, propriamente dita. Não podemos perder tempo. Há muita coisa para se fazer. Há muita coisa para se mudar.
"Uma parede é feita de tijolos, mas as vezes, basta tirar um tijolo para derrubar todo o muro."
E como diria o grande Lulu Santos,  "hoje o tempo voa, amor. Escorre pelas mãos. E não há tempo que volte, amor. Vamos viver tudo o que há pra viver. Vamos nos PERMITIR".


Ps.: Este texto foi feito com base na interpretação minha e de Melquisedec Albert Einstein Andrade Lima (ou simplesmente Melqui), sobre a música 'Another Brick In The Wall' - Pink Floyd.

CRÉDITOS

Músicas:
Tempos modernos - Lulu Santos
Another Brick In The Wall - Pink Floyd


segunda-feira, 6 de abril de 2009

' Pensar Enlouquece. Pense Nisso. '

Pensou?! hahaha.
Pensar... pensar...
Mas o que é mesmo pensar?
Para
René Descartes (1596 - 1650), o ato de pensar era a mais perfeita comprovação de sua existência. Foi a partir dessa ideia que então surgiu a célebre frase, "Penso, logo existo".
Além disso, ele dizia: "
Sou uma coisa que pensa, isto é, que duvida, que afirma, que ignora muitas, que ama, que odeia, que quer e não quer, que também imagina e que sente".
É verdade. Se não
possuo a capacidade de pensar, questionar, escolher, sentir, como posso dizer que existo? Seria uma existência medíocre, uma "inexistência relativa".
Mas será que PENSAR realmente comprova nossa existência?
E uma pedra? Ela não pensa, mas existe, não é mesmo?!
Como comprovar a existência dos seres e das coisas?! Só PENSANDO muito pra descobrir, viu?
Mas, pensar enlouquece! Ou não,
? Depende do que se pensa.
Mas, e se for mesmo? Se pensar é enlouquecer e ao mesmo tempo existir, chego a lógica conclusão de que esse mundo é feito de doidos. (risos)
Mas não é pra tanto,
?! Tem gente que não pensa!


Breve informativo:
Texto sem conclusões e finalidades.
Sinto que poderia desenvolver bem melhor esse tema.
Quem sabe num outro dia?! Mas hoje não dá. Não sei o que pensar e nem o que dizer.

Ah, feliz e verdadeira Páscoa pra todos! :D

CRÉDITOS
Legião Urbana - Os Anjos

domingo, 5 de abril de 2009

" E hoje em dia, como é que se diz EU TE AMO? "

Quando a gente ama, não precisa dizer o que a gente já sabe.
Ou precisa?!
De fato, a repetição exaustiva de uma mesma frase
 acaba
se tornando extremamente desnecessária, visto que o amor precisa ser sentido, e não pronunciado. Claro que há ocasiões em que a demonstração de nossos sentimentos - através de palavras, ou não - torna-se essencial.
Mas o grande problema é a
banalização do sentimento/verbo amar.
Essa banalização se dá tanto sentimentalmente como literalmente.
Vemos exemplos diários disso principalmente no mundo virtual onde os relacionamentos são exageradamente intensificados e o "Eu te amo" passa a ser uma espécie de cumprimento.
 (Oi, tudo bem?! Eu te amo! ;D)
A velha frase "eu te amo" algumas vezes é dita sem a noção exata do que ela realmente significa. E já que essa noção só vem com um certo tempo, temos de tomar certos cuidados para não pronunciá-la equivocadamente.
O amor precisa ser levado a sério. Precisa ser sentido de verdade.
Desde sempre, o amor é o que nos move. É o combustível, é a razão de tudo. O que seria de nós sem as descobertas físicas, matemáticas e artísticas, resultantes da dedicação, da paixão, do
amor, de tantos gênios que já passaram por este mundo? O que seria de nós sem o amor de nossa família, nossos amigos? O que seria de nós sem DEUS que é o próprio amor?
Este é nosso legado, nossa herança. Somos
resultado do amor. Não podemos permitir que Ele morra ou se torne banal dentro de nós.
Que possamos encontrar cada vez mais motivos pra amar.
Que tenhamos a essência do Amor dentro de nossos corações.

Afinal de contas, amar é... é... é amar!

Cada um tem sua forma de amar, sua forma de amor.
Só devemos atentar para uma coisa: seja qual for nossa forma de amar, que seja a melhor, que seja a mais feliz, a mais completa, a mais intensa, a mais verdadeira.
Sem banalizações, sem fingimentos. Simplesmente, amar...


" Sem amor, eu nada seria; ainda que eu falasse a língua de todas as etnias..."

Bruna de Sousa

PS.: O quadrinho a cima foi um presente de um mês de namoro. Presente lindo, lindo!

CRÉDITOS

Músicas: Vamos fazer um filme - Legião Urbana
Palavras repetidas - Gabriel, o pensador.

Quadrinho: Kynks
www.kynks.deviantart.com